O que é a hepatite?
Hepatite é o termo genérico para definir uma infecção ou inflamação no fígado. O órgão, conhecido como o “filtro” do organismo, é encarregado de processar alimentos, filtrar o sangue e combater infecções.
Entre as possíveis causas da hepatite estão: infecção por vírus, ingestão de medicamentos, doenças autoimunes, metabólicas, genéticas, álcool, drogas e substâncias tóxicas, entre outras.
No caso de infecção por vírus, as hepatites são classificadas pelas letras do alfabeto: A, B, C, D e E. No Brasil, grande parte dos casos e mortes por hepatites virais decorreram dos tipos mais comuns, em ordem: hepatite C, B e A.
Os vírus que provocam hepatites podem ser transmitidos por relação sexual sem proteção, via sanguínea, além de consumo de alimentos e água contaminados. A doença também pode ser causada por excesso de gordura no fígado, devido à obesidade, consumo de álcool e drogas, além de má alimentação.
O fígado não possui nervos em seu interior, portanto as enfermidades hepáticas têm a característica de serem silenciosas, demorando para que os sintomas se manifestem. Assim, a maioria das pessoas não terá sinal algum da doença. A melhor forma de prevenção é se vacinar, além de higienizar bem alimentos e se proteger devidamente nas relações sexuais.
Por isso também é muito importante consultar o médico, solicitar a realização de exames para hepatite B e C. O diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento.
Sintomas
Apesar de silenciosos, quando se manifestam, os sintomas da hepatite de forma geral são:
· Febre
· Cansaço
· Perda do apetite (rejeitando carne vermelha, inclusive)
· Náuseas
· Vômito
· Dor abdominal
· Urina escura (Colúria)
· Fezes claras
· Dor articular
· Pele e olhos amarelos (Icterícia)
· Tontura
· Mal-estar
Diagnóstico
O diagnóstico consiste na avaliação do histórico clínico, conversa com paciente e realização de exames, que podem ser testes rápidos ou exames feitos em laboratório. Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Para pessoas acima dos 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C.
Seja na hepatite aguda, seja na crônica, o médico deve conversar com o paciente para investigar alguma pista de um possível contágio. Na hepatite aguda, em cerca de 30% dos pacientes os sintomas podem estar presentes. Neste caso, serão solicitados exames específicos para cada vírus (A, B ou C).
Além disso, são investigadas as funções do fígado por meio de exames que mostram a presença de inflamação. Com esses dados em mãos, define-se o diagnóstico.
Já na hepatite crônica, geralmente o paciente é assintomático e só descobre que tem a doença ao fazer um exame que avalie eventual lesão ou função hepática. O médico, então, avaliará a história da pessoa para identificar o uso excessivo de álcool, a presença de síndrome metabólica e/ou gordura no fígado, além de pedir o teste para pesquisar os vírus B ou C.
Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do pré-natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver indicação, ainda durante a gravidez.
Tratamento
· A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.
· A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.
· Se a causa for o consumo de álcool, haverá restrição completa de sua ingestão.
Somente com o tratamento adequado, acompanhado por médico especialista, é possível evitar que a hepatite crônica progrida para as formas mais graves.
Prevenção
· Vacinar-se é a melhor forma de prevenção. Embora, até o momento, não exista uma vacina para a hepatite C, as hepatites A, B e D podem ser prevenidas por meio de vacinas e estão disponíveis gratuitamente no SUS
· Faça exames periódicos para a detecção do problema e eventual tratamento
· Adote medidas de higiene nas atividades cotidianas e precauções durante a prática sexual
· Investir em uma vida saudável, atividade física, controle adequado da pressão e da glicemia são fundamentais para evitar a hepatite crônica.
Obesidade também causa hepatite
A hepatite também pode ter como causa o acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática). Atualmente, em razão da epidemia de obesidade e alimentação pobre, esse quadro tornou-se mais comum.
O acúmulo de gordura no órgão inicia um processo inflamatório local e crônico, que pode progredir para cirrose em um período de 10 a 30 anos.
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