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Foto do escritorDr.Gil / Dr.Bruno

A obesidade e a depressão estão bastante relacionadas.

As duas doenças necessitam de intervenção médica disciplinar e urgente.


A comunicação entre o tecido adiposo e o cérebro ocorre com maior frequência do que se supunha anteriormente. Estudos científicos revelaram a complexidade da interação entre o cérebro e o estômago, destacando a necessidade de uma abordagem médica multidisciplinar.

No tecido adiposo, a leptina é produzida, desempenhando um papel crucial na regulação da saciedade e do metabolismo, transmitindo ao cérebro sinais de plenitude. Entretanto, o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura, açúcar e processados pode causar inflamação tanto no corpo quanto no cérebro.




Quando o corpo enfrenta inflamação ou infecção, o sistema imunológico é acionado para combater o problema. Esse processo muitas vezes resulta em sensações de fadiga, letargia e falta de motivação, sintomas também associados à depressão. No caso de pessoas obesas, essa resposta imunológica é contínua, constantemente transmitindo ao cérebro sinais de falta de motivação, o que pode exacerbar os sintomas depressivos.


Um estudo conduzido pelo Psychiatric GWAS Consortium, intitulado Associação Genética da Depressão Maior com Características Atípicas e Disregulações Imunometabólicas Relacionadas à Obesidade, revelou que em 80% dos casos a obesidade está ligada ao surgimento de sintomas depressivos. Por outro lado, mais de 53% das mais de 26 mil pessoas analisadas no estudo mostraram que a depressão também está associada ao ganho de peso e à obesidade, já que fatores emocionais podem desencadear a compulsão alimentar como forma de compensação. Dessa forma, é evidente que a depressão e a obesidade estão interligadas, alimentando-se mutuamente em um ciclo complexo.



Os pacientes obesos também têm maior propensão aos transtornos psiquiátricos, sendo o mais comum deles a depressão. Por ter menos energia esse paciente tende a ficar mais parado e evitar a atividade física, comendo mais comida e gastando menos energia, como um ciclo.


Outro aspecto que é alterado é o sono; geralmente o paciente com depressão tem insônia, que além de gerar indisposição para o dia, pode alterar a secreção de alguns hormônios: a leptina, hormônio que dá saciedade,  é secretada numa quantidade menor; já a grelina, que é um hormônio que dá fome, é secretada em uma quantidade maior. Então esse paciente, além de dormir e se exercitar menos, também tem mais fome do que o habitual. E essas combinações fazem com que a pessoa ganhe cada vez mais peso.


Fontes: Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica.

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